sexta-feira, 30 de março de 2007

Neste domingo GESTO CONCRETO DE FRATERNIDADE

No dia 1º de abril, Domingo de Ramos, acontecerá a Coleta da Solidariedade. Trata-se de um gesto concreto de fraternidade, partilha e solidariedade da Campanha da Fraternidade, que este ano tem como tema: “Fraternidade e Amazônia” e lema: “Vida e missão neste chão!”

A coleta é realizada em âmbito nacional.

Do total arrecadado pela coleta, 40% constituem o Fundo Nacional de Solidariedade (FNS) da CNBB, e os outros 60% ficam nas dioceses, formando o Fundo Diocesano de Solidariedade (FDS), para o atendimento a projetos locais.

Os recursos arrecadados serão destinados prioritariamente a projetos sociais da Região da Amazônia.


PARA DEPÓSITO DOS 40% - (FUNDO Nacional de Solidariedade da CNBB)
Banco do Brasil, Agência 3475-4 - Conta corrente 41.000-4
Banco Bradesco, Agência 0484-7 - Conta corrente 66.000-0
Cáritas Brasileira, Brasília, DF
Enviar comprovante do depósito para a Cáritas no FAX (61) 3214-5404.
Brasil dará internet a índios, quilombolas e pescadores
Serviço de conexão será gratuito, mas estados precisarão fornecer os Pcs
O Brasil vai oferecer conexão gratuita à internet por satélite para tribos indígenas da Amazônia e para outras comunidades, em mais um esforço para combater o desmatamento ilegal da floresta.
"É uma forma de abrir comunicações entre as comunidades indígenas, quilombos, quebradores de castanhas, pescadores ribeirinhos e o resto da sociedade", disse a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, na quinta-feira, após assinar o acordo que põe o plano em vigor. "Essas comunidades são os verdadeiros protetores das suas áreas", disse ela.
O projeto levará a internet sem fio a 150 pequenas comunidades da Amazônia, do Pantanal e do sertão nordestino. Muitas dessas comunidades vivem isoladas devido à falta de infra-estrutura básica, como estradas.
Contribuir com a preservação do meio ambiente é um dos principais objetivos do programa. "A Internet nos ajudou a trazer a polícia (quando houve desmatamento ilegal na reserva)", disse Benhi Piyanko, que vive numa reserva habitada por 500 índios ashaninka no Acre. "Conseguimos passar a mensagem bem amplamente, atingimos até o presidente", afirmou.
O governo federal vai entrar com o acesso à internet, mas caberá a prefeituras e governos estaduais conseguir os computadores.
Líderes indígenas apóiam o programa, mas temem que os computadores possam destruir as culturas dos mais de 200 povos nativos, disse Ailton Krenak, membro da Rede de Povos da Floresta. "Não gosto de computadores, mas também não gosto de aviões. O que se pode fazer?", questionou.

quinta-feira, 29 de março de 2007

A recente política de combustíveis dos Estados Unidos, que está apostando no investimento na produção de etanol e de biocombustíveis, vem provocando um aquecimento no mercado da soja. Entre agosto do ano passado e projeções do mercado futuro para o mesmo período de 2007, o preço da commodity mostra uma elevação de 45%, chegando a US$ 8 o bushel. Leia mais.
O laboratório Arkhos Biotech, dos EUA, defende em vídeo o controle privado para “salvar a Amazônia”. E acusa o Brasil de não cuidar da região
A Amazônia está mesmo à venda. Em um vídeo de 1’25”, postado em seu site, a empresa norte-americana Arkhos Biotech está convocando as pessoas do mundo inteiro a investir “para transformar a floresta (Amazônia) num santuário de preservação sob controle privado. O apelo, em tom dramático, é feito pelo diretor sênior de marketing da empresa Allen Perrell, para justificar que a Amazônia precisa ser cuidada por grupos internacionais. “A Amazônia não pertence a nenhum país. Pertence ao mundo”, afirma Perrel.
Leia mais.
“Amazônia – a igreja diante da devastação ambiental”
O padre Josep Iborra Plans lança o livro “Amazônia – a igreja diante da devastação ambiental”, sexta-feira (30), às 9h, na Livraria Paulinas, em Porto Velho. Segundo ele, o livro, que foi publicado pela editora Ave-Maria, chega em momento oportuno: exatamente quando o mundo se volta para um assunto do interesse de todos não só dos cristãos, porque cada um é responsável e tem o compromisso de zelar pela criação de Deus - a natureza.
Dentre os principais assuntos, o livro aborda o desmatamento amazônico e suas causas, efeitos do desmatamento no meio ambiente, a ecologia e desenvolvimento e o cristianismo e a crise ambiental.
Segundo Pe. Iborra Plans, "como cristãos, devemos intervir no tema ambiental e posicionar-nos contra o desmatamento". "Somos chamados a colaborar na construção de um desenvolvimento sustentável, adequado à região amazônica" _ acrescentou.

quarta-feira, 28 de março de 2007

O aquecimento global criará um novo clima na Floresta Amazônica até o final do século, mais quente e com maior precipitação em época de chuvas, segundo um estudo feito por cientistas da Universidade de Wisconsin, nos Estados Unidos.
Usando modelos de mudanças climáticas que levam em conta estimativas de emissões de gases do efeito estufa, os cientistas concluíram que 39% da superfície do planeta terá temperaturas mais altas até 2100 e que as zonas de climas mais quentes no mundo já estão se deslocando em direção aos dois pólos.
Leia mais.
Dançares Amazônicos
O Bailé Folclórico da Amazônia apresenta neste final de semana ‘A Magia e Encanto das Danças de Nossa Terra’ com o espetáculo ‘Dançares Amazônicos’. O projeto que faz parte do projeto Sesi Cultura, será apresentado no sábado (31), às 20h e domingo (1º), às 19h, no Teatro Gabriel Hermes em Belém.
O espetáculo ‘Dançares Amazônicos’ vai apresentar lendas amazônicas e rituais indígenas como a lenda da Vitória-Régia, do Boto, da Cobra Grande.Serviço: Apresentação do Balé Folclórico da Amazônia, dias 31 de março e 1º de abril, no Teatro do Sesi (Almirante Barroso com Dr. Freitas).

segunda-feira, 26 de março de 2007

Risco de seca amazônica em 30 anos é de 50%
As chances de ocorrerem períodos de intensa seca na região da Amazônia podem aumentar dos atuais 5% (uma forte estiagem a cada 20 anos) para 50% em 2030 e até 90% em 2100, informam cientistas do Hadley Centre.
A informação foi apresentada durante um encontro nesta semana na Universidade de Oxford, na Grã-Bretanha, onde especialistas em mudanças climáticas debateram temas críticos sobre o futuro do planeta.
Um dos casos estudados por cientistas foi a forte seca ocorrida na região da Amazônia, há dois anos. As imagens de centenas de peixes apodrecendo no rio Amazonas, o segundo maior rio do planeta, chocaram o mundo. Leia mais.
Desde o dia 19 de fevereiro estou na Aquidiocese de Aparecida. Vir parar aqui a convite do Arcebispo Dom Raimundo Damasceno. O convite foi para vir falar na Arquiciocese que é formada por 05 municípios (Aparecida, Guaratinguetá, Lagoinha, Roseira e Potim da Campanha da Fraternidade deste ano que tem como Tema: Fraternidade e Amazônia.
Ontem estive na Paróquia de São Dimas, foi a última paróquia, depois de ter feito um giro por toda Arquidiocese.
A paróquia estava de festa, comemorando seu padroeiro. Havia muita gente e tudo muito bem feito e organizado. Tudo lindo.
Todos acompanharam com atenção a celebração. O pároco celebrou e eu fiquei encarregado de fazer a pregação. Tinha que tecer, fazer uma ligação entre o V Domingo da Quaresma, a Festa do Padroeiro e A Campanha da Fraternidade.
A Igreja lotada e ornada de Vermelho era a alegria do pároco. Os paroquianos comparecerem em massa para comemorar este dia tão importante da paróquia.
Olhando o povo tão atento e em estado de oração comecei falando das leituras, do padroeiro e depois sobre o texto base e a realidade da nossa Amazônia. Me esforçei para cumprir essa missão de fazer a relação entre essas três temáticas. Espero que tenha correspondido a expectativa daquela gente que estava ansiosa para conhecer mais sobre a Pátria das Águas.

Procissão
Após a celebração saimos em procissão pelas ruas dos bairros cidade. Me bateu uma saudade das procissões da Amazônia.
Esse bairro um pouco parecido com Coari, nas ladeira. No começo foi mais fácil, visto que fomos descendo a ladeira. Havia um clima de muita alegria, de energia positiva. O povo cantava e rezava, chamava atenção das pessoas que estavam em casa assistindo TV.
De velas acesas nas mãos íamos subindo e descendo a ladeira, olhando de longe parecia uma cobra grade de luz. Luzes e fé se misturando. A história acontecendo.

Comissão da Campanha da Fraternidade

Para viver bem a Campanha da Fraternidade a Paróquia criou uma Comissão da Campanha, coordenada pelo senhor Genário (o de barba branca), que faz o trabalho com muito amor e dedicação.
A coordenação tem ido dar palestras sobre o tema em todas as comunidades da paróquia. Também confeccionou um lindo panel sobre a Amazônia dentro da Igreja Matriz. Além de ter camisas, chaveiros e diversas apresentações que podem serem vistas em DVD.
Parabéns para a Coordenação da Campanha da Fraternidade da Paróquia São Dimas.

Obs.: se você tiver experiências, fotos da vivência da Campanha da Fraternidade na sua comunidade, paróquia, movimento, grupos, etc. Pode mandar que a gente posta aqui no blog.
Bela Amazônia
Amazônia


Amazônia

Amazônia

Amazônia
Grilagem
O texto base da Campanha da Fraternidade, aponta a grilagem como um dos grandes problemas para a Amazônia. E é mesmo. O site Amazônia.org traz uma notícia sobre esse assunto: Madeireira grilou terras de Reserva Extrativista.
Com certeza nesse tempo haverá várias discussões sobre o assunto.

sexta-feira, 23 de março de 2007

Seringueiros denunciam assassinatos de líderes comunitários
Agora, exatamente por sua atuação, Ivete está sendo ameaçada de morte por fazendeiros e madeireiros da região que tiveram seus interesses ameaçados. Não apenas ameaçada de morte, mas de ser torturada até a morte.
Na tentativa de impedir que esta barbaridade ocorra, o Conselho Nacional dos Seringueiros elaborou um abaixo-assinado internacional, solicitando ao ministro Paulo Vannuchi, da Secretaria Especial de Direitos Humanos, que Maria Ivete Bastos seja incluída no Programa Nacional de Proteção aos Defensores dos Direitos Humanos, que ela possa escolher a equipe de proteção de sua confiança, e que outros líderes da luta por reforma agrária e Direitos Humanos da região também recebam proteção. Ela tem se destacado na resistência contra o processo de grilagem de terras, expulsão de pequenos agricultores e desflorestamento para a plantação de soja naquela região do Pará, e foi homenageada em Nova Dehli, na Índia, em setembro do ano passado, com o prêmio Mahatma Gandhi, tanto por esta luta sócio-ambiental quanto por representar o empoderamento das mulheres da Amazônia.
Fonte: Adital

quinta-feira, 22 de março de 2007

Lançada a Frente Parlamentar Amazônia para Sempre
Foi lançada nesta quinta-feira (22), Dia Mundial da Água, a Frente Parlamentar Mista Amazônia para Sempre, que já conta com 23 senadores e 253 deputados. Esse fórum pretende debater medidas destinadas a estimular a preservação e o desenvolvimento da região que contém 20% da água doce disponível do Planeta. Leia mais.
Campanha da Fraternidade
Segunda (19) fez um mês que estou em Aparecida - São Paulo. Hoje estive numa Escola Particular de alto padrão, onde estuda os filhos e filhas de Guaratinguetá e Aparecida, entre outras. A Usefaz.
Os estudantes estavam com grande apreensão em relação a minha pessoa, esperavam chegá lá um índio, no sentido mais antigo da palavra: pelado, pintado e de arco e flecha. Passado esse primeiro momento, assim meio de surpresa, a palestra sobre a Amazônia desandou.
Foram mais de duas horas da minha parte e depois uma infinidades de perguntas, dúvidas e curiosidades que não acabavam mais. Tentei responder a todas da melhor forma possível. Na sua maioria querendo saber dos índios e das coisas da floresta, mesmo quando eu já tinha explicado que o mundo indígena é a menor parte da população da Amazônia. Infelizmente eles se tornaram um ícone que representa a todos nós amazônidas.

quarta-feira, 21 de março de 2007

Fotos da Amazônia - Botos


Brasil plantou um bilhão de árvores comerciais em 2006
Participação de pequenos e médios produtores cresceu 616% nos últimos cinco anos
Produtores plantaram no Brasil 627 mil hectares de florestas industriais em 2006 - o que representa um recorde histórico: pela primeira vez, o país plantou mais de um bilhão de árvores num único ano. Esta é a principal conclusão de um levantamento elaborado pelo Serviço Florestal Brasileiro (SFB/MMA) e a Secretária de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente. Leia mais.
Debates intercontinentais indicam preocupação mundial com soja
Independentemente da adequação das empresas brasileiras aos parâmetros criados pela coalizão, é crescente a preocupação global quanto à questão - o que é fundamental, já que, segundo Galinkin, é inútil realizar essa discussão internamente, sem que o mercado internacional esteja envolvido. Leia mais.
Botos sofrem matança desordenada no entorno de Mamirauá (AM)
Os pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) alertam para um problema grave que está acontecendo no entorno da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (RDSM): a matança desordenada de botos. Alguns animais foram encontrados mutilados por anzóis e redes de pesca. Segundo a pesquisadora do INPA e do projeto Boto (RDSM), Vera da Silva, a cena é triste, mas serve de alerta para as agressões que os golfinhos de água doce: boto- tucuxi, Sotalia fluviatilis, e o boto-vermelho ou cor-de-rosa, Inia geoffrensis, estão sofrendo.
A matança está acontecendo porque os animais servem de iscas para a pesca do peixe piracatinga, Calophysus macropterus, o qual é apreciado como alimento na Colômbia e encontrado em muitas partes da bacia do Amazonas, por exemplo, na área coberta pela RDSM.
Leia mais.
Processo de vida do boto – Semelhante ao do homem, ou seja, com fases bem definidas: filhote, infantil, juvenil e adulta, ele pode viver por até 45 anos. A fase de reprodução da fêmea inicia-se aos oito anos de idade, enquanto a do macho acredita-se que com 10 anos ou mais. A fêmea tem apenas um filhote por gestação, que dura quase um ano. Durante os dois primeiros anos, ela dedica toda a atenção à amamentação do seu filhote. Devido a isso, a próxima gestação acontecerá somente no terceiro ano.
“Alguns pescadores acreditam que os botos se reproduzem como coelhos, o que não é verdade. Quando se tem uma retirada maior do que a reposição de animais na natureza, há o decréscimo rápido e considerável da população”, alertou Vera da Silva. Ela disse que antes da matança o boto-vermelho estava na categoria vulnerável, um tipo de classificação de conservação, a qual sub-divide-se em: vulnerável, ameaçado e criticamente ameaçado. Entretanto, caso a pressão continue da forma atual ele, rapidamente, entrará na categoria ameaçado. Leia mais.
As comemorações do Dia Internacional das Florestas marcam o lançamento da primeira revista eletrônica voltada para a popularização do conhecimento científico produzido na Amazônia, o ‘Portal da Ciência’.O site noticioso, produzido inteiramente por acadêmicos e professores da Faculdade Boas Novas (FBN) pretende usar o jornalismo como ferramenta de popularização da ciência.O lançamento ocorre nesta quarta-feira (21) no auditório da FBN às 9h30 e contará com a presença do secretário executivo de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Estado, Neliton Marques.
Fonte: Portal Amazônia.

terça-feira, 20 de março de 2007

A implantação de um plano de desenvolvimento da Amazônia, denominado Paz, foi um dos principais temas do encontro entre a governadora Ana Júlia Carepa e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ontem, em Brasília. A governadora foi recebida no Palácio do Planalto para apresentar um plano de desenvolvimento complementar ao PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Ao contrário do PAC, que o governo federal encaminhou ao Congresso e contempla basicamente obras de infra-estrutura, o Paz Amazônia inclui áreas como educação e investimento em pesquisas tecnológicas também como formas de desenvolvimento regional. Leia mais.
Europa, EUA e Japão enviaram R$ 108,9 milhões à floresta, enquanto 9 Estados aplicaram juntos R$ 96,4 milhões
O Brasil se gaba de ser o principal dono da Amazônia e repudia a idéia que surge de tempos em tempos de internacionalizar a maior floresta tropical do mundo. Apesar disso, para manter a selva de pé, o País depende em grande parte de dinheiro estrangeiro. De acordo com um levantamento feito pelo Estado, Alemanha, Estados Unidos, Japão e Holanda investem juntos por ano R$ 108,9 milhões na preservação da floresta brasileira. Leia mais.
Jaime Benchimol: Amazônia precisa ser recompensada pelos serviços ambientais que presta ao planeta
O empresário Jaime Benchimol é diretor-presidente das empresas Bemol-Fogás, com sede em Manaus, um dos mais importantes grupos empresariais da Amazônia. As empresas do grupo estão em diversas atividades, incluindo distribuição de GLP (gás de cozinha), lojas de departamento e exportação de produtos naturais.Jaime Benchimol é filho de Samuel Benchimol, empresário, escritor e pesquisador da Amazônia, falecido em 5 de julho de 2002 e que deixou no conjunto de sua vasta produção intelectual, importantes obras sobre a região.
Para falar sobre Meio Ambiente, Amazônia, Pólo Industrial de Manaus e economia, Jaime Benchimol concedeu ao Portal Amazônia, a seguinte entrevista: Leia aqui.
No dia 22 de março, acontecerá sessão solene em homenagem à Campanha da Fraternidade 2007, no Plenário Ulysses Guimarães da Câmara dos Deputados. O evento terá início às 10h.
Aquecimento pode deixar 3 bilhões de pessoas sem água
Os desequilíbrios provocados pelo aquecimento da Terra podem levar entre 1 e 3,2 bilhões de pessoas a sofrerem com a falta de água, alertou nesta segunda-feira (19) o Painel Intergovernamental da ONU sobre Mudanças Climáticas, IPCC.
Esta será uma das conseqüências do aumento previsto de entre 2 e 4,5 graus da temperatura média da Terra em relação ao nível de 1990. "Milhões de pessoas" serão ameaçadas pelo aumento do nível do mar se o aquecimento chegar a 4 graus, e um quinto da população mundial pode sofrer com inundações, de acordo com as conclusões expressadas na minuta.
O novo trabalho seguirá ao apresentado pelo IPCC no começo de fevereiro, em Paris, sobre a magnitude das mudanças climáticas em andamento no planeta. Os rendimentos agrícolas nas regiões de latitude média do globo podem aumentar de forma temporária em uma primeira fase, mas diminuirão de forma generalizada se o aquecimento chegar a três graus. Nas áreas mais quentes, a capacidade de adaptação dos cultivos será muito limitadas, e isso aumentará em até 120 milhões o número de pessoas expostas às crises de fome.
O IPCC considera que se tornarão mais agudos fenômenos que vêm sido observados nos últimos anos, como a instabilidade dos solos de montanha e das regiões em torno dos pólos, a modificação da flora e da fauna nas áreas polares, a alta da temperatura de lagos e rios, a antecipação dos fenômenos típicos da primavera e mudanças de calendário das migrações de aves.
O IPCC afirmou que a temperatura da Terra aumentará entre 1,8 e 4 graus centígrados até o final do século, o que se deve com uma "probabilidade muito alta" à atividade humana.

domingo, 18 de março de 2007

A fonte pode secar
No próximo dia 22 de março, comemora-se o Dia Mundial da Água. Em meio a discussões sobre aquecimento global, efeito estufa, aumento do nível dos oceanos, derretimento das calotas polares e outras questões ambientais, nunca o líquido essencial para a vida humana foi tão valorizado e ao mesmo tempo desprezado. Enquanto por um lado se luta para preservar as fontes, já se antevendo um futuro trágico de escassez, por outro se ignora essa importância e se continua a poluir igarapés e desperdiçar água.
O problema, pelo menos em termos de Amazônia, é cultural. É difícil, mas não impossível, mudar velhos hábitos adquiridos. Leva tempo, mas um dia, com muita insistência, podemos chegar lá.
Cabe a cada um reconhecer seu papel nesse processo - o de agente que contribui para o esgotamento das fontes ou que luta para reverter ou pelo menos minimizar os efeitos trágicos da situação. Todos devem se envolver - empresas, população, Prefeitura, Estado - com a responsabilidade de acordar para a situação, e isso inclui não se omitir.

A proximidade da data comemorativa agora não é para festejos, e sim reflexão. E isso vale para toda a sociedade e suas instituições. Estamos em meio a maior bacia hidrográfica do mundo, com mais de 6 milhões de quilômetros quadrados, uma fartura aparente que tende a gerar a idéia de abundância infinita. Com as mudanças climáticas em avanço, é preciso modificar esse conceito para garantir a preservação. Mas como? Quem pode tomar essa iniciativa? De que modo cada um pode colaborar?
Nesta edição especial, apresentamos uma pequena amostra da situação em nível local - o drama do desperdício, o que está sendo feito para conscientizar a população sobre a questão, iniciativas educacionais e perspectivas científicas. É nossa contribuição para fazer um alerta do papel de cada um. Apontar culpados não é solução, nem nunca o será. Fonte: Amazonas em Tempo
II Carta aberta aos artistas brasileiros sobre a devastação da Amazônia
Paulo Villas Boas envia cartas aos artistas globais preocupados com a Amazônia. Nesta carta, constam os textos traduzidos em detalhes sobre a reunião realizada em Genebra na Suíça em 1981 na qual o assunto debatido foi a Amazônia.
Rio de Janeiro, 27 fev (EFE)- Os atores Victor Fasano, Juca de Oliveira e Christiane Torloni pediram a união de forças em escala internacional para defender a floresta amazônica.
Leia mais.

quinta-feira, 15 de março de 2007

Desflorestamento de 1,64 mil quilômetros na Amazônia
As queimadas amazônicas e o aumento da poluição global criarão alterações na paisagem amazônica nos próximos 14 anos. A previsão é de três órgãos: o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO-ONU) e o Painel Intergovernamental para Mudanças Climáticas (IPCC). No Acre, a previsão é de períodos de estiagem cada vez mais intensos, como o de 2005.
As queimadas na Amazônia nos últimos 15 anos, segundo o Inpe, causaram o desflorestamento de 1,64 mil quilômetros quadrados de vegetação por mês - o que representa 19,72 mil por ano, em média.
"Uma mudança climática não significa apenas alteração das condições de temperatura ou do ciclo de chuvas. Ela pode implicar uma profunda transformação interna de todos os ciclos da natureza, que são responsáveis pelo fornecimento de água potável, e de outros detalhes que afetam diretamente a vida de todos nós", explica o físico Alejandro Fonseca Duarte, do Grupo Acrebioclima.
A pesquisa aponta também que o governo federal ainda não conseguiu frear a atividade de agricultores sobretudo em
Mato Grosso e Pará. Os números divulgados não foram tabulados por Estados, mas, de acordo com o MMA, 10.943 quilômetros quadrados foram destruídos pelo desmatamento só no ano passado. Em 2005, foram 12.318 quilômetros quadrados.
Fonte: Amazônia.org
Fragilidades do Projeto Participativa na Amazônia
O envolvimento das comunidades na busca de soluções para seus próprios problemas era algo impensável há bem pouco tempo. Na década dos planejadores da ocupação social e produtiva na Amazônia, a de 1970, as levas de trabalhadores rurais e urbanos mobilizados nesse processo eram somente uma questão de logística complexa, mas de solução elementar. Leia mais.
O Estado da Amazônia
Para quem está interessado um excelente material sobre a Amazônia do Imazon.

A série apresenta temas emergentes, os quais precisam ser publicados rapidamente, dada a sua relevância no debate regional e o potencial de contribuir para as políticas públicas. Em geral, os artigos da série possuem duas a quatro páginas. Os trabalhos tratam dos temas abordados pelo Imazon tais como economia de recursos naturais, políticas públicas, direito ambiental, monitoramento da paisagem, conservação biológica, ecologia e manejo florestal. A ênfase da série é gerar abordagens inovadoras e sugestões originais para políticas públicas. Por sua vez, essas recomendações devem ser específicas e factíveis de serem adotadas pelo poder público na Amazônia.

Público Alvo. Tomadores de decisão (legisladores, dirigentes e assessores do poder executivo, promotores públicos); líderes empresariais, dirigentes de movimentos sociais, ambientalistas, jornalistas, pesquisadores, intelectuais na área de ciências humanas.

quarta-feira, 14 de março de 2007

Desafios sociais da Amazônia
Algumas informações são necessárias para conhecer a realidade social da realidade Amazônica:

- Um grande número do famílias vivem com até meio salário mínimo. Esta situação atinge, por exemplo, uma família em cada três no Tocantins.
- Mais de 13% da população ainda não é alfabetizada.
- A maioria das comunidades do interior não têm acesso a todas as séries do ensino básico.
- A falta quase total do ensino médio ainda é motivo para que muitos jovens deixem o campo. E, quase sempre, quando existe, não é um ensino contextualizado que tenha a Amazônia como sua referência.
- A oferta de leitos nos hospitais do SUS na região amazônica é a pior do Brasil. No estado do Amazonas só há 1,6 leitos por mil habitantes.
- Se levarmos em conta só o interior, esta realidade é ainda mais dura. Em muitas comunidades é praticamente impossível acessar o serviço médico, obrigando a população necessitada a longas e perigosas viagens.
- A região amazônica está incluída entre as áreas onde os casos de AIDS têm crescido assustadoramente. É alarmante, também, o crescimento dos casos de hanseníase, de malária, de febre amarela e a alta mortalidade infantil.
- 14% da população não tem moradia.
- Até 2003, mais de um milhão de domicílios, na área rural, não tinham acesso à eletricidade.
- As mulheres da região amazônica são atingidas de maneira especial por esta situação. Mesmo alcançando níveis de educação crescentemente superiores aos dos homens - desde a alfabetização até o nível superior – essas mulheres continuam vivenciando uma situação desfavorável no mercado de trabalho. É mais difícil para elas conseguir empregos mais qualificados e recebem salário inferior ao dos homens e inferior ao salário médio das demais mulheres do Brasil.
- As crianças de até 7 anos de idade constituem 20% da população (14% no resto do Brasil), aumentando a responsabilidade das mães, às quais, pela organização cultural da família, é entregue o cuidado das crianças.
- Menos de 40% dos partos são precedidos pelo necessário pré-natal; 30% das mulheres ficam grávidas com menos de 20 anos.
- As mulheres amazônidas são mais pobres e mais vulneráveis e são muito pouco benefiadas por políticas públicas de promoção e seguridade social. São escandalosas, por exemplo, as dificuldades que o INSS cria para que a mulher camponesa tenha acesso aos benefícios a que tem direito. Enquanto o homem não tem dificuldade de ser considerado como agricultor, a mulher, pelo INSS, é considerada, até provar o contrário, como sendo “do lar” e não agricultora e, por isso, não faria jus aos direitos de trabalhadora rural.
- Finalmente, a concentração de população quase esclusivamente masculina em atividades como o garimpo ou grandes obras e a ausência do Estado acabam por tornar algumas mulheres da região especialmente vulneráveis à prostituição.

Estes são exemplos que revelam a má qualidade de vida do amazônida abandonado ao seu destino e revelam o descaso com que os serviços sociais são tratados na Amazônia, como, aliás, no resto do Brasil. Não há uma política efetiva que vise a solucionar estes problemas e, assim, garantir uma qualidade se vida aceitável.
Até 5,4 milhões de macacos são caçados e consumidos anualmente na Amazônia brasileira, colocando em risco as populações naturais de primatas. Leia mais.
5,4 milhões - É um número que impressiona. No ritmo que as coisas vão, não só os macacos vão desaparecer ou diminuirão bastante, também os outros animais silvestres.
Em todas as cidades da Amazônia se pode encontrar pelos mercados, feiras e até mesmo gente vendendo de porta-em-porta vários tipos de animais, principalmente anta, cutia, paca, queixada, tatu entre outros.
Em Coari é só chegar na feira ou no mercado que qualquer um pode comprar esse tipo de carne, "carne de caça". E ninguém toma nenhuma providência!
O Governo do Amazonas iniciou no último sábado (10), a operação "Seca" que presta socorro às comunidades isoladas pela vazante em São Gabriel da Cachoeira, na calha do Alto Rio Negro. Na primeira ação, foram distribuídas mais de 30 toneladas de alimentos às famílias de Içana, Iuaretê e Cumati.
O atendimento aos ribeirinhos vai ser intensificado ao longo desta semana. A operação "Seca" deverá chegar a outras seis comunidades levando 31 toneladas de gêneros de primeira necessidade.
De acordo com os coordenadores da operação, também está previsto o transporte aéreo de gasolina e diesel para abastecer aos municípios afetados pela estiagem provocada pelo fenômeno climático "El Nino", que torna o clima mais seco na região.
No último fim de semana, foram distribuídas cestas básicas com gêneros alimentícios para 238 famílias da comunidade de São Joaquim, 729 em Iuaretê e outras 153 em Maturacá, além de tambores com 20 litros de água para cada família. Leia mais.

terça-feira, 6 de março de 2007

Internacionalizarão ou não a Amazônia?
A Assembléia Legislativa do Estado (ALE) foi cenário, ontem, de discussão sobre o processo de internacionalização da Amazônia. O debate foi realizado em audiência pública, convocada em sessão extraordinária pelo deputado Wallace Souza (PP). De acordo com ele, o resultado desse encontro resultará na "Carta da Amazônia", que será enviada a entidades interessadas e ao Congresso Nacional.
Wallace disse que as evidências da perda da soberania brasileira sobre a região Amazônica são claras. Citou como exemplo, a presença de Organizações Não Governamentais (ONGs) indigenistas, a possível autonomia dos povos indígenas sobre territórios de fronteiras e a crescente presença de militares americanos na Amazônia, com o pretexto de combater às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farcs) e o Exército de Libertação Nacional (ELN).
Segundo o diretor do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Adalberto Luis Val, a internacionalização da Amazônia acontece sobre as coisas que "não conhecemos". De acordo com ele, 70% da produção científica é internacional. Dos 30% restantes, 22% são produzidos fora da Amazônia. "A falta de doutores na região impede o processo de domínio sobre os conhecimentos", disse. Adalberto afirmou ainda que o orçamento do Inpa somado ao de outras organizações de estudo da Amazônia não são suficientes para a região.

De acordo com o gerente do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), Bruno Monteiro, a internacionalização é resultado de declarações de líderes mundiais que a região deveria ser internacionalizada. E o Sipam nasceu com o objetivo de proteger. "Não só vigiar, mas também dar uma proteção ajudando a instituições a preservar a região", disse Monteiro.


O deputado Luiz Castro (PPS) disse que a omissão dos governos Federal e estaduais (da região) contribuem para o processo de internacionalização.

Fonte: Jornal A Crítica.

segunda-feira, 5 de março de 2007

Pesquisadores elaboram mapa com estradas ilegais na Amazônia
Um grupo de pesquisadores brasileiros concluiu o primeiro mapa de uma rede rodoviária fantasma, que não consta em nenhum documento oficial no país. Trata-se do levantamento de todas as estradas ilegais abertas na Amazônia.
A pesquisa, feita pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), um dos principais centros de pesquisa da região, revela uma rede de vias que avançam como rachaduras no solo. Leia mais.

Amazônia






CF 2007

Greenpeace e a Campanha da Fraternidade
Desde o seu lançamento a Campanha da Fraternidade desse ano tem ganho aliados, os mais diversos possíveis. De iniciativas pessoais, passando pelo governo e se estendendo a Organizações Não Governamentais (ONGs).
O mais novo aliado da Campanha da Fraternidade sobre a Amazônia é o Greenpeace.
O Greenpeace fará uma exposição fotográfica e a instalação sensorial "Mudança do Clima, Mudanças de Vidas" e o jogo "Paz na Floresta" na praça de eventos do Shopping Interlagos até o próximo dia 22, das 10h00 às 22h00.
Três categorias de sofredores povos da Amazônia
Marginalizados Urbanos

Na cidade de Manaus vivem mais de 1,5 milhões de pessoas. Corresponde a mais de 60% da população amazonense.
• Manaus é a capital brasileira onde a riqueza e a renda estão mais concentradas nas mãos de poucos. 95% da renda estadual está concentrada na “Zona Franca” de Manaus. Isso gera uma imensa população de marginalizados urbanos.
• É uma cidade que cresce em média de 12% ao ano de forma desordenada causando um contínuo processo de invasões ou ocupações.
• O déficit de emprego e moradia é muito alto.
• A fome faz parte do cotidiano de milhares de famílias vindas das comunidades ribeirinhas, indígenas e migrantes.

Ribeirinhos

• São migrantes nordestinos e de outro Estados, que vieram para a Amazônia no século XIX, por ocasião do “ciclo da borracha” e aqui formaram famílias, muitas vezes, casando-se com indígenas, dando origem à “cultura cabocla”.
• Habitantes e trabalhadores das ribeiras dos rios, lagos e igarapés que vivem em povoados, aldeias ou casas isoladas.
• Vivem e trabalham na Várzea quando baixam as águas. Em tempo de cheia, moram em palafitas, flutuantes ou se mudam para terra firme. Vivem da agricultura familiar, pequenos negócios e do extrativismo.
• Sua alimentação básica é farinha e peixe.
• É o povo mais desorganizado e desassistido da Amazônia. Está em busca de sua Identidade como classe social.

Indígenas
• Moradores ancestrais e originários da floresta amazônica, com línguas e culturas milenares.
• Eram 5 milhões em 1500. Apenas 200.000 na ditadura militar (1975); seu projeto previa acabar com os índios até o ano 2000.
• Mas os povos indígenas lutaram e resistiram. Hoje são 240 povos, 180 línguas, 734.131 pessoas: 47,8% nas aldeias e 52,2% nas cidades. Na Amazônia 270.211 indígenas: 77,2% nas aldeias e o 22,8% nas cidades (IBGE 2000). Uns 40 grupos continuam sem contato com ocidente (ao todo umas 900 pessoas).
• Desafios: Demarcação, garantia e defesa da terra; militarização; invasão de empresas mineradoras, madeireiras e de biodiversidade (biopirataria); respeito aos direitos diferenciados, educação e saúde, organização, sustentabilidade, crenças e valores culturais, etc.
• O saber milenar dos povos indígenas é solução para muitos dos problemas atuais do ocidente.
A Comissão da Amazônia , Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional aprovou o requerimento do deputado Carlos Souza (PP-AM-foto), que solicita a realização de audiência pública para discutir a criação de um Fundo Internacional de Preservação da Amazônia. A viabilidade da proposta tem como base uma pesquisa feita pela Universidade College London, que mostra que cada família dos países ricos estaria disposta a pagar um valor médio de U$30 a 50 por ano, para garantir a preservação da floresta. Leia mais.
Missionária leiga italiana radicada no Amapá foi confirmada como uma das agraciadas com o Diploma Carlota Pereira de Queiróz - Ano 2007. Indicação foi feita pela deputada Janete Capiberibe.
A missionária leiga italiana e militante social Anna Maria Rizzanti Gallazzi, que mudou-se da Itália para o Amapá onde mora desde 1977 para dedicar-se às causas sociais, foi confirmada nesta quinta-feira como uma das agraciadas com o Diploma Carlota Pereira de Queiróz - Ano 2007. Anna Maria foi indicada ao prêmio pela deputada federal Janete Capiberibe (PSB/AP), ela mesma agraciada com o diploma no ano passado.
Leia mais.
Município de Santa Isabel sofre com seca
O município de Santa Isabel do Rio Negro, a mais de 780 quilômetros de Manaus, está sofrendo com a seca. Comunidades que dependem do transporte feito pelos rios estão praticamente isoladas. Além da seca, a falta de fiscalização em queimadas de roças no local, tem causado incêndios na floresta.
No município, pequenos agricultores estão aproveitando a falta de chuvas para realizar queimadas, colocando em risco propriedades de vizinhos. Somente nos últimos 15 dias a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Sema) registrou um aumento de cinco para trinta focos de queimadas no município. Segundo a secretaria não há equipes de fiscalização suficiente para controlar toda a região.
Incra pede ajuda da Polícia Federal no conflito de terras em Lábrea
Trabalhadores rurais e madeireiros estão brigando pelo domínio de três mil hectares de terras do assentamento “Iquiri”, em Lábrea, interior do Amazonas. Dois trabalhadores rurais já foram mortos. O trabalho da Polícia Militar do Amazonas está sendo questionado pela direção do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
O assentamento foi arrendado em 2006 pelo governo federal por meio de uma portaria. Cerca de 164 trabalhadores rurais foram beneficiados com terra e financiamento. O conflito no acampamento Nova Esperança foi agravado quando o dono de uma madeireira conseguiu na justiça a reintegração da área e a retirada dos posseiros.
O Incra considera inválida a liminar, uma vez que o documento foi emitido por uma juíza estadual e não pela Justiça Federal como prevê a lei. O procurador do Incra, Bianor Saraiva, afirmou que a juíza não ouviu o instituto antes de proferir a decisão.
Há 45 dias, 25 policiais militares lotados no município de Humaitá, no Amazonas, foram transferidos temporariamente para Lábrea. Os policiais aprenderam, sem mandados, dez pessoas. A superintendente do Incra, Maria do Socorro Feitosa, informou que a atuação dos policiais militares é questionável e pediu ajuda da Polícia Federal para resguardar os trabalhadores rurais.
Estudiosos descobrem 27 sítios arqueológicos no Amazonas
Os arqueólogos descobriram, no traçado da obra do gasoduto Coari-Manaus, 27 sítios arqueológicos. Os estudiosos estão lutando para criar um museu onde as peças sejam expostas e estudadas de forma adequada. A arqueóloga, Anne Rapp, analisou as peças encontradas em vários municípios do Amazonas.
As peças são fragmentos de cerâmicas e urnas funerárias que tem mais de 1.500 anos. Grande parte do material foi encontrado no sítio arqueológico Jacuruxi em Manacapuru. O trabalho reúne cerca de 30 pessoas entre arqueólogos e técnicos. O Amazonas é um dos estados brasileiros mais ricos em fragmentos arqueológicos.
Por não haver museus na área, os pesquisadores trabalham em locais improvisados. Com as descobertas e o avanço nas pesquisas, o Amazonas pode resgatar um passado bem distante, a história do povo que habitou a floresta há muitos anos.
Quem nunca comeu peixe? Seja assado, frito, cozido, ou até cru?É comprovado que no Brasil, a maior parte da população tem descendência indígena, logo temos temos também influência na cultura e na culinária. Uma das maiores heranças dos nossos ancestrais foi o hábito de comer peixe. Não tem alimento melhor para a saúde: tem pouco caloria, carne branca, não tem hormônios, não engorda, entre outros fatores que somam a nutrição e o melhor, em preço acessível para a população em geral. Claro, uma herança passada por gerações, mas na Amazônia temos o privilégio de ter algumas receitas em primeira mão.Alguns índios das tribos Baniwa, Saterê, Baré e Ticuna se reuniram em um restaurante, no centro da cidade de Manaus, e resolveram dividir, com quem quiser conhecer, um pouco da cultura gastrônomica indígena.Para quem nunca ouviu falar de "Quinhãpyra", o Sabores da Amazônia traduz: é o tucunaré cozido no caldo de tucupi, com o toque especial da pimenta murupi. Além de conhecer o sabor que agrada o paladar de nossos ancestrais, é mais um prato para o seu livro de receitas.



Ingredientes


2 1/2kg tucunaré


7 pimentas murupi


3 a 4 litros de água


200ml de tucupi


sal à gosto


Porção para 8 pessoas.
Modo de Preparo
Limpe o peixe com água e limão. Na falta de limão, esquente uma porção de água para escaldar o alimento, é necessário tirar o pitiú. Em uma panela, esquente mais água e acrescente o tucupi. É importante que o tucupi seja bem fervido. Depois, no caldo fervido, coloque a pimenta murupi. Para esta quantidade, a sugestão é usar 7 pimentas, mas cuidado, para algumas pessoas a comida pode ficar queimosa demais, por isso acrescente a pimenta aos poucos, e conforme a fervura, prove até ficar ao gosto. Deixe cozinhar por 15 minutos e por fim acrescente o peixe e salgue a gosto. Deixe cozinhar até que o tucunaré fique no ponto para comer. Não deixe esmigalhar o peixe. Sirva com beiju. Para sobremesa, sirva açaí.

sábado, 3 de março de 2007

O Santuário Nacional de Aparecida e a Campanha da Fraternidade
No site do Santuário Nacional de Aparecida está disponível um excelente material sobre a CF2007.
O site está de parabéns é de um encanto sem fim, além de disponibilizar músicas, coloca todo o material do texto base em slides, tudo da melhor qualidade.
Confira aqui.

sexta-feira, 2 de março de 2007

Canoa da Fraternidade
A canoa é um meio de transporte muito usado na Amazônia, principalmente entre os pobres. além de ser pequena e fácil de ser conduzida, ela é prática para ir onde outras embarcações maiores não conseguem ir.
Sem contar que para obter uma canoa, objeto de consumo de nós amazonenses pobres, não custa tanto ou as vezes o próprio dono do transporte faz, com suas ágeis maõs. Esta foto mostra um grupo da cidade que vai para uma comunidade rural, passar o fim de semana por lá!
Arquidiocese do Mato Grosso doará R$ 100 mil a Borba (AM)
O bispo da prelazia de Borba (a 150 quilômetros de Manaus), dom Elói Roggia, chegou ontem de Campo Grande, capital de Mato Grosso do Sul, onde participou de várias atividades que marcaram o lançamento da Campanha da Fraternidade 2007 naquela cidade, cuja meta é de arrecadar R$ 100 mil para serem doados ao município amazonense.
Dom Elói disse não saber ainda como será feita a doação, se na totalidade ou em parcelas, mas garante já ter destinação certa para o dinheiro. "Somos um dos municípios mais pobres do Estado e precisamos de recursos para ajudar o trabalho da igreja de evangelização", disse o religioso.
Em Campo Grande, ele participou de reuniões, entrevistas em rádios, televisões e jornais locais, além de visitar escolas. "Foram dias cheios de encontros", disse ele, que ficou lá desde a última sexta-feira.
A disposição da igreja católica de Campo Grande em ajudar o município amazonense deu-se, segundo o bispo, há algum tempo porque a arquidiocese daquela capital é uma "grande irmã" da prelazia de Borba.
Como o tema da Campanha da Fraternidade é a Amazônia, eles se propuseram em fazer a coleta para ser entregue à igreja no município. Em Campo Grande, as pessoas estão sendo sensibilizadas para a importância da preservação e o uso sustentável das florestas, explicou.
A grande coleta será feita pela igreja de Campo Grande no domingo de Ramos, que será no dia 1º de abril próximo. Segundo o bispo Elói Roggia, que é do Rio Grande do Sul e está em Borba há seis meses, a decisão daquela diocese de ajudar o município amazonense não poderia ter sido mais abençoada.
Temperatura na Amazônia pode subir 8°C
O Ministério do Meio Ambiente divulgou estudos, realizados entre 2004 e 2006, sobre Mudanças Climáticas e seus Efeitos na Biodiversidade Brasileira. As oito pesquisas apresentam um quadro alarmante: o aumento da temperatura média até 2100 pode chegar a até 8 graus Centígrados (8°C) na área da floresta amazônica, e os moradores da região litorânea do país serão os mais prejudicados.
De acordo com um dos oito estudos, a temperatura média no Brasil aumentou 0,75°C no século XX, e o ano mais quente do período foi 1998. Na média, a previsão de aumento até o ano de 2100 é de até 4°C. Na Amazônia, a elevação pode chegar ao dobro, 8°C.
A ministra lembra também que é necessário uma ação intensa internacional para que todos os países adotem políticas de redução de emissão de gás carbônico. “Se nós diminuirmos em 100%, mesmo assim não resolveria o problema”, alerta.
A quantidade de chuva nas regiões da Amazônia e do Nordeste pode diminuir. O período da estiagem nordestina tende a se estender ao longo do ano inteiro, até o fim desse século. O estudo sugere que o clima dessa região deixe de ser semi-árido e se torne árido.
Esta má notícia já era de se esperar por tudo que tem acontecido na Amazônia nesses últimos anos: Desmatamento e queimada, criação de grandes rebanhos, plantação de soja, entre outras formas de devastação!
Campanha da Fraternidade - Povos da Amazônia
Os povos da Amazônia, profeticamente, convidam a mudar o estilo de vida. Não basta preservar a Amazônia para garantir a vida do planeta. Cada uma e todas as pessoas, dentro das condições e no bioma em que vivem, precisam converter-se a um estilo vida baseado na simplicidade e na sobriedade, no respeito e no cuidado à natureza e na valorização do outro como parte imperativa da sua existência no presente e a das futuras gerações. O modo de vida dos povos da Amazônia oferece um contraponto para uma reflexão sobre um novo caminho para o Brasil e para a humanidade. Fonte: CNBB
Existe, ainda, muita desinformação e preconceito em relação aos povos e ao mundo da Amazônia.
É preciso superar o preconceito dominante de que só é civilizado quem vive no e do mercado e quem pensa como querem os mais fortes e os mais ricos, donos inescrupulosos também dos meios de comunicação.
Os povos da Amazônia não são selvagens que vivem no atraso e na ignorância.
A percepção do significado histórico e simbólico da Amazônia pode levar-nos a descobrir, junto com seus povos, uma visão mais humana e generosa da vida.
O modo de vida dos povos da Amazônia pode ser um parâmetro para o mundo todo.
A chamada civilização, baseada no consumo desenfreado das riquezas, na violência contra povos inteiros, na devastação ambiental em troca de confortos supérfluos e de um luxo inútil, está levando à destruição ecológica do planeta. Fonte: CNBB
Campanha da Fraternidade 2007
Esta campanha da fraternidade é um convite para que se conheça, se aprecie e se respeite toda a vida que a Amazônia guarda: seus povos, sua biodiversidade, sua beleza.
É um convite para que tomemos consciência da destruição que está sendo operada e conheçamos todo o sofrimento e a resistência das populações amazônicas que teimam em defender sua cultura, suas organizações e sua maneira de conviver com a natureza.
É um convite para que aprendamos, com eles, a fortalecer uma cultura que proteja a vida e a garanta para toda a humanidade. Fonte: CNBB
Esta Campanha da Fraternidade é um convite para que toda a sociedade brasileira repense, a partir da realidade amazônica, o modelo de desenvolvimento que se quer para o País como um todo, e busque construir uma sempre renovada relação de acolhimento, respeito e cuidado com todas as pessoas e com a natureza, lutando, com firmeza, contra todas as formas de morte, em defesa da vida, sobretudo dos mais fracos.
É fundamental ter presente, desde já, o que está em jogo na Amazônia. A riqueza da biodiversidade, a abundância de águas, a grande quantidade de terras, a fartura de madeira e o incalculável volume de minérios estratégicos no subsolo da Amazônia são a causa do interesse e da cobiça internacional. Continua crescendo a disposição de empresas e grupos nacionais e transnacionais de intervir na Amazônia, transformando este “patrimônio” em produtos para o mercado globalizado. Trata-se de uma ameaça histórica à qual as populações tradicionais estão resistindo desde sempre. Cresce, porém, a consciência que esta resistência não basta para enfrentar os atuais desafios. É preciso consolidar a articulação de muitas forças que pensem a Amazônia como um todo, sem divisão de fronteiras e de culturas: uma verdadeira frente pan-amazônica, capaz de promover e globalizar a defesa dos povos que nela habitam e do seu patrimônio natural e cultural. Só com esta união será possível contrapor-se à cobiça destruidora do mercado. Fonte: CNBB
Campanha da Fraternidade
Campanha da Fraternidade sobre a Amazônia é lançada hoje no Pará
A onda de discussões sobre temas ambientais, iniciada há três semanas com a divulgação de um estudo internacional sobre o aquecimento do planeta, ganha um novo reforço nesta quarta-feira (21), com o lançamento da Campanha da Fraternidade 2007. Neste ano, a Igreja escolheu como tema 'Fraternidade e Amazônia - Vida e missão neste chão'. Pura coincidência. O tema estava definido havia dois anos.
A idéia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) é revelar a seus fiéis a realidade da Amazônia, as dificuldades em que vivem seus habitantes e, sobretudo, mostrar como a mudança de hábitos pode trazer benefícios para a região.
"A revisão dos padrões de consumo e a ênfase para que governos adotem políticas que proporcionem o desenvolvimento sustentável da Amazônia são uma forma de fraternidade", diz o secretário-executivo da campanha, cônego José Carlos Dias Toffoli, o padre Carlão.
O texto básico da campanha é um verdadeiro libelo. Traz desde as estatísticas que retratam as desigualdades entre os habitantes da Amazônia e o restante do país à lista das conseqüências nefastas da militarização, do tráfico de drogas, os problemas da ocupação de terra e a disputa por territórios.
No trecho sobre os objetivos da campanha, o documento recomenda: "Denunciar as situações que agridem a vida, ameaçam os povos e projetos de dominação que perpetuam modelos econômicos colonialistas".