
Os pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) alertam para um problema grave que está acontecendo no entorno da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (RDSM): a matança desordenada de botos. Alguns animais foram encontrados mutilados por anzóis e redes de pesca. Segundo a pesquisadora do INPA e do projeto Boto (RDSM), Vera da Silva, a cena é triste, mas serve de alerta para as agressões que os golfinhos de água doce: boto- tucuxi, Sotalia fluviatilis, e o boto-vermelho ou cor-de-rosa, Inia geoffrensis, estão sofrendo.
A matança está acontecendo porque os animais servem de iscas para a pesca do peixe piracatinga, Calophysus macropterus, o qual é apreciado como alimento na Colômbia e encontrado em muitas partes da bacia do Amazonas, por exemplo, na área coberta pela RDSM. Leia mais.
Processo de vida do boto – Semelhante ao do homem, ou seja, com fases bem definidas: filhote, infantil, juvenil e adulta, ele pode viver por até 45 anos. A fase de reprodução da fêmea inicia-se aos oito anos de idade, enquanto a do macho acredita-se que com 10 anos ou mais.
A fêmea tem apenas um filhote por gestação, que dura quase um ano. Durante os dois primeiros anos, ela dedica toda a atenção à amamentação do seu filhote. Devido a isso, a próxima gestação acontecerá somente no terceiro ano.

“Alguns pescadores acreditam que os botos se reproduzem como coelhos, o que não é verdade. Quando se tem uma retirada maior do que a reposição de animais na natureza, há o decréscimo rápido e considerável da população”, alertou Vera da Silva. Ela disse que antes da matança o boto-vermelho estava na categoria vulnerável, um tipo de classificação de conservação, a qual sub-divide-se em: vulnerável, ameaçado e criticamente ameaçado. Entretanto, caso a pressão continue da forma atual ele, rapidamente, entrará na categoria ameaçado. Leia mais.
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